domingo, 19 de junho de 2011

MENTIRA (DO LIVRO LIBERDADE POÉTICA - MARCIA DAVID)

Eu te amo, mas às vezes eu te odeio tanto,
que sua mentira me liberta.

E quis provar dessa fantasia.
Sorver o mel da ilusão.

Mas sua boca se abriu em devaneios.
Quantos contos de rebeldia
ouvi e não acreditei.
Por mais que quisesse crer,
sua farsa se revelou.

Desenhei a paisagem infantil e terna.
Em rabiscos toscos e mal passados
se transformou.

Tenho tempo, tenho alma e sentimento.
Só abri mão de você.

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