domingo, 19 de junho de 2011

Poeta do Adeus - Por Bruno Resende Ramos

Tenho-me no regresso das coisas ímpares
A sorver as flores da nativa,
E o orvalho com o mel como a letra alquímica,
No cativo reino da solidão.

Volto boêmio a deitar na ribalta da vida
À procura de almas aflitas
Pelos acordes de meu violão.

Eis-me aqui na obediência da alma,
No afligir do espírito... Maldito.
Um homem que não pode ver seu DEUS.

Afeto no frio da água inodora,
Tulipas de vinho na alma indo embora,
Cinturas coladas na dor de um agora
Que traz do passado a prezada senhora.

Tropeiro das vendas do inferno,
A alma cativa caindo no eterno.
Boêmio, poeta do adeus.
Amador nas despedidas,
Sempre por fazer sofrer
a jovem amiga.

Quem sabe o poema te leve a...Deus

ou a um Adeus desta vida... Sofrida e só.

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