sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PAI

Pai!

Pouco tenho pra falar de ti,
Eu era tão pequenina...
E você tão gigante,
Éramos como o Sol e Lua,
Vivíamos no mesmo teto
E ao mesmo tempo distantes.

Sabe Pai!
Quantas vezes eu pequenina...
Tentei me aproximar de ti,
Eu já tinha este coração melado...
Não sabia o que era amor,
Mas sonhava com seu abraço.

Sabe Pai!
Você foi embora muito cedo,
Cresci seu sua proteção, tive medo.
Rodei sozinha por este mundo afora,
Lutei, briguei com vida, me formei...
E sempre me lembrei de você dizendo,
Filha agora não pode,
O pai não tem condição.
Não demorou a vida em ti definhou.
E eu era tão pequenina!

Hoje Pai!
Meus cabelos já estão brancos,
Trago dentro de mim um cansaço,
Resultado de lutas e sofrimentos
Mas também de realizações...
Fui mãe e dei a ti um lindo neto,
Hoje homem trabalhador
E aqui pai... Dentro do meu peito,
Bate um coração cheio de saudade
De uma pequenina que ainda
Sonha com o teu abraço

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