sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sambando

Vou sambando
Agora é assim que sei fazer
Atrás dos rastros da batucada
Sem escolher a música tocada
Viro, reviro
Mexo, remexo
Acompanho a melodia
E não me importo se nem a elegeria
Descobri que é mais sábio pular
Que pelo compasso preferido não se deve brigar
Que se o comando não me pertence
Melhor é seguir em frente
E só palpitar quando a minha escola for desfilar
Que o enredo alheio tem seus próprios segredos
Suas próprias razões
Independente das minhas egoístas sensações
Continuo e não paro
Até descubro prazer no que não me é responsável
E admiro o som da cuíca
Que ao outro significa
Encontro minha diversão na busca do próximo compasso
E acompanho ainda que exagere no meu rebolado
Gosto mesmo de sambar
Viver e saber brincar
Enaltecer a harmonia
Torcer e dançar
Ao som de alguém
Ou de quem não sei identificar
Conhecer a beleza e o ritmo de outros hinos
Sabendo que o meu segue critério do meu próprio tino
Ou até mesmo dos meus desatinos
Não tenho mesmo medo do perigo
Ouço, danço, balanço
Nem me canso
Até porque sempre posso parar
Quando o silencio se fizer urgente
Ou quando ao som do meu preferir requebrar
Já que meu tema nunca deixa de me inspirar

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