sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Eternizado no Tempo



No tempo em ti eternizado,
Como perene melodia,
Alvoreço na sinfonia
Que plange o amor enraizado.

Flutuo no imaterial,
Dissipam-se formas concretas,
Percorro cenas indiretas
E atinjo o espiritual.

Não diferencio a luz do dia
Tampouco da noite o negrume.
Futuro? se o tempo rume.
Passado? Expirou na magia.

Hoje, preso na tua teia,
Imortalizado no momento
Do tempo sempre em movimento,
Destilo-me na tua veia.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

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