quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PEREGRINO

Queria voar...
Pelos desfiladeiros da vida
Com as asas, da sabedoria
E a noiva da lua... desposar!
Caminhar nas nuvens, dessa jornada...
Fazer, ser precioso, o dia!

Sob a iluminação lunar, meditar...
Poder, os reflexos do espírito, sentir
Inalar... o seu doce aroma...
Subir, na árvore da vida, e galgar...
E de dia, sob sua sombra, refletir!
E conquistar, o cabedal da Alma!

Já, na alvorada...
Preencher o vácuo da ignorância
De posse, do tabernáculo sagrado
Impregnar-me com a essência da vida!
Conhecer, e trilhar a ponte do sol da maestria...
Conjurar e comungar, com o Ser iluminado!

Festejar a colheita da abundância!
E sobre o cimo do cajado...
Adornar-me, com o grau do peregrino!
Aliado, à minha Dama-estelar... com opulência!
Gritar ao mundo!
E dizer, que hoje o mestre, não é mais menino...

Ao ser coroado, com os louros
Abraçarei o báculo e o pergaminho...
Contemplando o rio... com parcimônia
Exultarei, esse grande feito aos povos...
E direi: que com honra atravessei o vale, e seu tortuoso caminho!
E cheguei, ao auspicioso encontro com a sublime harmonia!...

Hernandes Leão

Enviado por Hernandes Leão ao site: Recanto das Letras, em 05/01/2012
Reeditado em 05/01/2012
Código do texto: T3423232

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