quarta-feira, 12 de março de 2014

VENHAM GARGALHARES, AQUI E AGORA!


Não foi um trava-línguas que me deixou perdida,
enrolando palavras, confundindo a ordem da vida.
Não foi um travar de pensamentos e emoções.
Não compreendo ao certo o que houve e ainda há em mim,
só sei que estou crua, triste e fria como uma lápide.
Tento reaver os sentidos, mas estão abatidos,
há um sofrer, uma dor que não compreendo.
Sem motivos aparentes fiquei estagnada.
Quero seguir sorrindo, criar, cantar,
mas de falência múltipla me compus em um tempo.
Passe, tempo cruel, vá-se de mim,
vá para bem longe, não me condene.
Espantos e lamúrias, eu os rejeito já.
Venha, alegria plena de meu ser.
Venham a mim, cânticos e danças,
Esplendores e gargalhares, eu os espero.
Pois em mim há um Deus único, sem tamanho,
não existem motivos para tristeza, só alegria.

Texto: Teresa Azevedo do livro "Poesia com Brandy"
Pintura - Lady Godiva - Jules Joseph Lefebvre

2 comentários:

  1. Bom dia, teresa. Acho que ainda não consigo ter esta compreensão da vida. Mas gostei do poema. Bom dia!

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    1. Quando digo:
      "Quero seguir sorrindo, criar, cantar, mas de falência múltipla me compus em um tempo." sei que é algo passageiro, em um tempo e não por uma vida.
      Razão pela qual ordeno:
      "Venha, alegria plena de meu ser. Venham a mim, cânticos e danças, Esplendores e gargalhares, eu os espero. Pois em mim há um Deus único, sem tamanho, não existem motivos para tristeza, só alegria."

      Levei muito tempo para compreender estas oscilações de humor e perceber que em clique elas se vão, mas que em qualquer tempo Deus é comigo.

      Obrigada por acompanhar meu trabalho.

      Abraço,

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