sexta-feira, 5 de outubro de 2018

NÃO SEJA UM ELEITOR DE CABRESTO

Seria bem mais interessante analisar bem quem votar,
do que votar por votar, e depois se arrepender...
Votar em corruptos é ser conivente com a corrupção...
É aplaudir quem o está roubando...

NÃO SEJA UM ELEITOR DE CABRESTO
Marcial Salaverry

 Venho notando algo com um gosto rançoso de passado, ou seja, o famoso “Voto de Cabresto”, com que os “coronéis” do passado, manipulavam eleitores e eleições, conduzindo tudo a seu bel prazer.
 Se agora não são os “velhos coronéis” que dirigem a sinfonia dos “encabrestados”, são os conchavos politiqueiros que o fazem. É a política de propinas que se instaurou no País...
 Esse é um dos problemas maléficos da eleição em dois turnos, pois os candidatos, tanto os finalistas, como os derrotados, se prestam a acordos espúrios, visando, de um lado, um apoio eleitoreiro, e do outro, auferir vantagens, garantindo cargos e “benesses” para os apaniguados.
 Tais acordos unem e reúnem sob a mesma bandeira, inimigos cruciais, que ontem se insultavam, e agora trocam beijinhos, sem que haja o mínimo respeito pelos seus eleitores, que, se por um lado ficam perplexos com tais acordos, acabam se prestando aos objetivos espúrios de seus lideres, acompanhando as “ordens do chefe”.
 Deveria haver um mínimo de coerência para tais acordos. Deveriam seguir uma linha política, pelo menos. Não se pode conceber que inimigos declarados se unam, apenas para trocar benefícios, votos por cargos, sem o menor respeito pelos eleitores, que são considerados apenas como “bois de engorda” para determinado candidato.
 Ora, se os líderes políticos se prestam a tais conchavos, os eleitores deveriam ao menos usar seu direito de votar com critério, seguindo os ditames de sua consciência. Não se pode conceber que alguém que seja contrário a determinado candidato, que vote nele apenas porque “seu chefe o apóia”, ainda mais quando o "chefe" responde por seus crimes...
É preciso que a “caça aos votos perdidos” tenha um fim. Que tais acordos sejam repudiados pelos eleitores, que jamais deverão votar contrariando suas idéias. Se nenhum dos candidatos finalistas é de seu agrado, é melhor anular o voto do que simplesmente obedecer ao chefe. Ou então, se achar que é melhor votar em “A” do que em “B”, porque assim lhe diz sua consciência, que o faça, mas jamais apenas para seguir orientação do líder de seu partido.
 Isso se chama “Consciência Política”. Isso se chama usar o sagrado direito do voto com sabedoria. Isso se chama pensar pela própria cabeça. Se os lideres fazem conchavos, que o façam por conta própria. É preciso que o povo se liberte de vez do “cabresto eleitoral”. É preciso que se vote com consciência, com a certeza de que é esse seu julgamento, e que se está procurando o melhor para sua Cidade, para seu Estado, para seu País...
 DIGA NÃO AO VOTO DE CABRESTO. Siga suas idéias e ideais, e quem sabe algum dia em um futuro remoto se possa escolher alguém dentro da famosa e esquecida FICHA LIMPA...

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