Nenhuma rotina me cansa mais do que viver só.
Em silêncio me escuto mais.
Me transporto mais.
Me iludo mais.
Procuro por ruídos ao vento.
Um beijo ardente e o soluçar das suas lágrimas.
Gotas de oceano saindo pelos poros.
O que me cansa é não ter música ambiente.
Velas, lampejos, flores no centro da mesa.
Rotina dos amantes que me seduz.
A porta se abre. Sofá vazio. Cortinas cerradas.
E um eco gritando dentro de mim.
A porta se fecha. Coração vazio.
Boca fechada. Chuva na vidraça.
A rotina que me cansa.
Não tem cheiro, nem som, nem prenúncio de chegada.
Apenas o silêncio das minhas lembranças.
Tristeza, ilusão, rotina, solidão, sentimentos sempre vivos e intensos nos poetas.
ResponderExcluirParabéns!
Abs. Eunice R. de Pontes
Marcia,
ResponderExcluirVoce fala fácil, bonito e lindo!!
carinho,
Nina.