sábado, 13 de agosto de 2011

A PAZ DO POETA


A PAZ DO POETA
CARMO VASCONCELOS


Vive o poeta na angústia permanente
De não ter sábios dons de bruxo ou mago,
Que lhe outorguem poder omnipotente
Pra consertar no mundo tanto estrago!

E num dilema mártir ouve os gritos
Dos que em tortura sofrem mil carências,
Minguando na miséria atroz, aflitos,
Vítimas de brutais incongruências!

E revolta-se o verso escrito a sangue,
E gela-se-lhe a mão pela impotência
De prover a cada alma e corpo exangue,
A humana e natural sobrevivência!

Enquanto houver desprezo, fome e guerra,
Às mãos cruentas dos aios de Satanaz,
Haverá de encrespar-se o mar e a terra,
E há-de lutar o Poeta pela Paz!

***
Lisboa/Portugal
19/Fevº/2011
***

2 comentários:

  1. Meus parabéns pelos lindos poemas Carmo; gostei.
    Abs.
    Eunice R. de Pontes

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  2. Muito obrigada, Eunice.
    Feliz com seu carinho
    Beijos de Portugal
    Carmo Vasconcelos(F)

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