sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Para sempre




Quando te vi pela vez primeira
e te sorri, tomando a dianteira,
senti na pele aquele arrepio.
Culpado foi teu olhar macio.

Oprimia-me pesar sem fim.
Nada era consolo para mim.
Como o sol empresta vida às flores,
tu dissipaste meus dissabores.

Foi assim, num cintilar de estrelas,
embora eu não consiga entendê-las,
que deslizaste para meu ser.
não era eu a me pertencer.

Nossas mãos uniram-se, mesclaram-se,
nossos caminhos entrelaçaram-se.
Nunca mais tive medo de enganos
nem meu coração padeceu danos.

Não mais fantasmas nos meus dias,
cessaram as minhas noites frias.
Para sempre, seremos uma alma.
E confesso que levas a palma.

Imagem: Google

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Mardilê Friedrich Fabre

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