Viajando por lugares
distantes acabamos por conhecer outras crenças e estilos de vidas até então
desconhecidos.
Essa premissa e concepção
modificam nossos pensamentos porque se abastecem de novas sensações, fatores
preponderantes para adquirir novos conhecimentos e solidificar a nossa cultura.
Assim sendo conhecer outros países é experiência única recomendável a todos os
seres viventes do planeta.
Dentro desse contexto conheci em
Lisboa Portugal o castelo de São Jorge, trata-se de um Monumento Nacional que
integra a zona nobre da antiga cidadela.
Antes de adentrar as instalações
deparei-me com uma imagem de São Jorge (foto) que é o padroeiro do castelo e
que se encontra com uma proteção de vidro no caminho da entrada da fortaleza.
Naquele momento fiz uma oração
para que o meu Corinthians que tem nele também o seu protetor mostrasse o rumo
das vitorias no campo esportivo para ser o campeão do ano (2011), uma vez que
vinha embalado na primeira colocação conforme as noticias que chegavam do Brasil.
Não deu outra, ficamos campeões.
Cheguei então às bilheterias para
adquirir os ingressos e falei em nosso idioma com uma das atendentes:
- Quero dois bilhetes, e ela
respondeu:
- Em que idioma o senhor quer o
folheto explicativo? Respondi: Pode ser em nosso idioma mesmo.
Fiquei então me perguntando, será
que não entendeu o que eu havia falado?
Ao entrar pelo portão principal,
ficamos impressionados com a monumental fortificação construída por muçulmanos
em meados do século XI, era o último reduto de defesa para as elites que viviam
no local.
Após a conquista de Lisboa em
1147 por D. Afonso primeiro rei de Portugal, o castelo conheceu seu período
áureo, os antigos edifícios da época islâmica foram adaptados e ampliados para
acolher o Rei e sua Corte daquela época.
Foi transformado então pelos reis
no século XIII e escolhido para receber personagens ilustres nacionais e
estrangeiras para aclamarem-se Reis ao longo dos séculos XIV, XV e XVI.
Mas é após o terremoto de 1755
onde foi parcialmente destruído é que começa uma renovação mais aprimorada com
o aparecimento de muitas construções novas que vão escondendo as ruínas mais
antigas.
Entre 1938 a 40, redescobre-se o
castelo e os vestígios do antigo paço real. Em meio às demolições e adaptações
às antigas construções são resgatadas. O castelo readquiriu a imponência de
outrora sendo devolvido aos seus cidadãos.
Em virtude de sua excepcional
localização em uma das sete colinas da cidade, possui um monumental conjunto de
torres totalizando em seis, que se transformaram em miradouros que os
visitantes podem avistar majestosas paisagens da cidade, destacando-se o
esplendor do rio Tejo e a moderna ponte Vasco da Gama.
A ponte faz a ligação entre Montijo e Alcochete a Lisboa e Sacavém, próximo
ao Parque das Nações onde se realizou a Expo 98. Foi inaugurada em 04 de abril
de 1998, é a mais longa da Europa e a nona mais extensa do mundo com os seus
17,3 km de comprimento dos quais 12 estão sobre as águas do estuario.
Voltando ao castelo vejo o bonito
panorama da torre de Menagem como sendo a mais importante e a mais robusta,
estando preparada para resistir a um ataque cerrado, servindo também como posto
de comando privilegiado. Era nesta torre que se hasteava o estandarte real
símbolo do alcaide o governador e depois ao Rei.
Entrei também na torre do Paço
conhecido como casa dos leões, assim designada por guardar naquela época, dois
leões que acabei não sabendo por que, talvez para inibir a entrada uma vez que
no século XVI passou a guardar o Arquivo Real.
Mas como a curiosidade era muita
alcancei o outro lado da torre, e para meu espanto, notei lá dentro dois
falcões que estavam bem instalados, e de modo arredio, bateram asas e soltaram
alguns trinados, fazendo com que eu saísse muito rápido descendo as escadarias.
Procurei mais uma vez alguma
informação sobre aquelas aves e o zelador não soube informar dizendo apenas que
era o tratador das aves.
Analisando mais detalhadamente a
situação creio que quiseram manter a tradição com dois falcões, uma vez que com
leões deve ser mais complicado. Assim sendo, estão lá os dois falcões, para
aguçar as pesquisas dos historiadores.
O local está transformado em um
grande centro turístico com uma bela estrutura gastronômica, muitas tabernas
antigas com comidas magistrais portuguesas, sempre regadas com belos vinhos
elaborados na região. Em um local muito aprazível sob uma tenda refrescante e
com musica ao vivo desfrutamos saborosas sardinhas na brasa a moda lisboeta,
com belas taças de vinho branco gelado, ainda no veranico europeu.
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