sábado, 28 de abril de 2012


Chegamos à bela capital portuguesa e já fomos recepcionados no aeroporto pela Luísa, que seria a nossa guia por todo o nosso tour nos países subseqüentes; Espanha, França e Itália.
Lisboa é a mais importante cidade de Portugal que abrange o estuário do Tejo ao norte da Península de Setúbal, fazendo desta a região a mais rica de País.

Após nos instalarmos, fizemos ainda no mesmo dia da chegada, um passeio pela cidade, visitando alguns pontos turisticos, finalizando com um belo café em um dos locais mais agradaveis da cidade, no bairro do Chiado.

No segundo dia partimos para a Praça Marquês do Pombal, Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores, do Rossio, da Baixa Pombalina e a do Comércio, uma das mais bonitas da cidade. Seguimos depois para o bairro de Belém, aonde vimos o Monumento dos Descobrimentos e a calçada em mármore, com os desenhos dos percursos de todas as caravelas que dali partiu para os mares em busca de novas terras. Em seguida fomos ao famoso Mosteiro dos Jerônimos, onde estão supultados os heróis da pátria, Vasco da Gama e Camões.

Lisboa possui inúmeras atrações turísticas, mas a do Bairro Alto é um lugar por onde afluem milhares de visitantes, porque lá se encontra uma casa de fados de extrema beleza e encantamento. Trata-se do Café Luso, situada na sétima colina de Lisboa, a mais alta. Ali funcionavam antigas adegas e a cocheira do Palacio Brito Freire.

Foi nesse antigo local que se instalou a casa de espetáculos, cuja estrutura arqueada confere uma acústica sonora, propiciando uma reverberação muito adequada para o som das guitarras e o canto do fado.

Conforme explicações de nossa guia, foi nesse bairro, somando-se ao de Mouraria, Alfama e Madragoa, que nasceu o fado. 

Em um desses arcos do Café Restaurante, notei uma incrição em uma placa, que nos trouxe uma nostagia emocionante, ao ver, que ali esteve por várias vezes a maior fadista de Portugal, a Amalia Rodrigues, somando-se a outros nomes de expressão maior, perpetuando, assim, esses artistas.

Foi a mais carismática das fadistas, sempre com uma grande presença em cena e com uma natural noção do que é o espetáculo, levou o Fado além-fronteiras e a ela, se deve a perpetuação que segue até os dias de hoje, o clássico vestido preto com xale.

Os artistas do passado chegavam a se trajar assim, simbolizando o silêncio da noite, com o mistério que a envolve que se deve ouvir, com uma "alma que sabe escutar", esta canção que nos fala de sentimentos profundos da alma portuguesa, é isso que faz chorar as guitarras…

O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, de um amor perdido, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, à noite, as sombras, os amores, a cidade e as misérias da vida.

E assim, com uma atmosfera particular, ouvimos o apresentador anunciar:

Afinem-se as guitarras.

Diminuam a luz.

«Silêncio se vai cantar o fado».

É assim começou o show: fadistas se apresentaram com seus trajes típicos, houve também danças folclóricas, tudo com um belo jantar à luz de velas que, ao som dessas melodias, trouxe uma experiência única e inesquecível, ficando no consciente da memória, que o fado é e será o repositório das alegrias e tristezas do povo Português.

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