sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

PODEMOS TENTAR SALVAR O ROMANTISMO


Para evitar que o Romantismo seja realmente
um artigo em extinção,  existem alguns romanticos
que resistem heroicamente à realidade implacável da vida,
e como ainda resta uma esperança, podemos tentar salvar o romantismo...
Garanto que vale a pena
Osculos e amplexos,
Marcial

PODEMOS TENTAR SALVAR O ROMANTISMO
Marcial Salaverry

É meio desalentador pensar nisso, mas efetivamente o romantismo parece ser mais um desses artigos em extinção, e é preciso fazer algo para dar-lhe uma sobrevida, não podemos nos esquecer de que na teoria, o romantismo é a melhor maneira de se viver um amor, devendo sempre fazer parte da vida de uma parceria, para que sempre o amor seja renovado, não permitindo que a rotina leve a vida para aquela mesmice que faz esquecer pequenas atenções que podem manter o romantismo sempre vivo.

Infelizmente nem sempre é o que acontece, pois, por incrível que pareça, algo que muitas vezes determina o fim do clima romântico entre um casal, é o casamento, mormente quando o casal se deixa levar pela rotina da vida em comum, quando o que poderia e deveria aumentar o clima romântico entre o casal, acaba sendo o responsável pelo seu desaparecimento.  Pode parecer ilógico, mas é o que ocorre, e tal fato é preciso ser bem analisado...

Quando os parceiros se conhecem, existe aquele clima de sedução, quando ambos precisam caprichar na arte da conquista, é quando capricham no visual, e sempre procuram saber do que a parceria gosta, e assim, procuram seduzir-se mutuamente. E haja clima de sedução, sempre pleno de romantismo...

Quando a conquista está feita, vem um relaxamento natural, e é quando ela acha que já não precisa mais se enfeitar tanto, caprichar no visual, e muitas  vezes esquece até aquele perfume francês que ele tanto gostava de cheirar no cangote.  Por sua vez, ele já acha que não precisa mais levar flores, e nem  aquele presentinho de surpresa, pois agora nada disso é necessário, acreditando que essas pequenas atenções são inúteis, pois  ela já está conquistada, e   agora é só o vai da valsa, e para aumentar o problema, ele não esquece do chopinho com os amigos, e que raiva ela tem disso, mas em compensação, ela não esquece o bingo com as amigas, o que ele detesta, e assim a coisa vai  ficando chata,  pois começam a se ver cada vez menos, e essas “ausências” podem determinar o fim daquela intimidade gostosa que havia no começo.

Mais tarde, então, começam a surgir os filhos, o que pode ser um tremendo contratempo, se não estiverem bem preparados para o evento, começando as queixas...  "Não temos tempo nem para aquele sexo tranquilo e descontraído, pois no melhor da festa,  aquela coisinha começa a chorar...".

Ele chega do trabalho, e a encontra toda descabelada,  irritada com os problemas do cotidiano, e ele por sua vez, vem irritado com seu chefe, com problemas de seu serviço, com o trânsito infernal, com as contas a pagar, e toda aquela montanha de problemas do dia a dia, e assim, certamente não existe clima para romantismo, pois realmente não pode existir romantismo nessas condições, eis que se encararmos friamente a questão, realmente será algo impossível, mas na verdade, é preciso que algo seja feito, pois o amor continua latente, apenas encoberto pelo clima que vai se criando.

Certamente desse caos sempre poderá se criar alguma coisa, que vai exigir certamente um esforço  mútuo.  Ambos deverão se lembrar de como era gostoso e aconchegante antes, e é importante que se recupere, nem que seja parcialmente, esse clima gostoso.

Ela está atarefada e azucrinada, mas, sabendo a que horas o marido vai chegar, sempre poderá dar, quando não, uma ajeitadinha no cabelo, uma maquiagem leve, um sorriso, mesmo que amarelo, procurando enfim, ser um pouco sedutora.  Afinal, o parceiro já foi conquistado,  mas a conquista precisa ser mantida. Principalmente, quando chega em casa, pois qualquer um gosta de encontrar um ambiente melhor do que o do serviço, mais desanuviado,  e não carregado e cheio de reclamações.

Por outro lado, ele deverá deixar na porta (do lado de fora), as preocupações e os problemas que encontrou lá fora, jamais permitindo que tais problemas entrem em casa, procurando não levar para dentro de casa o pacote completo.  Por que não levar um vaso de flores, ou ramo de rosas, como fazia antigamente? Ela passou de namorada para esposa, mas ainda gosta dessas coisinhas, e sente falta. Há que se considerar que SEMPRE ela será a namorada. É importante manter esse clima de namoro, mesmo depois alguns anos de vida em comum, mesmo que sejam muitos esses anos de uma vida a dois.

Claro que essas atenções não devem ser unilaterais. AMBOS devem encarar a coisa dessa maneira. É muito mais difícil e complicada a manutenção da conquista, do que ela propriamente dita.

Quando um dos parceiros notar que o outro está "pisando na bola", ao invés de agredir, dizendo que antes era assim, e agora é assado, deve chamá-lo para uma boa conversa, bem calma e tranquila, sem brigas e nem agressões, apenas expondo como a coisa está, e como gostaria que fosse.

Diálogo, crianças, é a melhor arma para combater o virus da indiferença que infecta grande parte dos casamentos de hoje. E respeito, muito respeito, e deve ser mútuo, e com plena e total certeza, essa é uma das melhores maneiras de fazer com que um relacionamento seja duradouro, e que os parceiros sejam "(E)ternos Namorados...”  E é preciso tão pouco, basta que haja apenas carinho, atenção, respeito, ROMANTISMO, e aquele amor que n unca deixou de existir.

Sempre é preciso dizer ao pé do ouvido de seu amor: EU TE AMO, mas dize-lo bem sussurrado, bem gostoso, bem suave, bem sincero.  E sempre, mesmo depois de muitos anos de união, olhar bem nos olhos, e dizer com sinceridade: EU TE AMO HOJE... MAIS DO QUE ONTEM... MENOS DO QUE AMANHÃ...

E sejam felizes, tendo, é claro UM LINDO E ROMANTICO DIA...

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