quinta-feira, 23 de setembro de 2010

À Arte de Escrever

Um rastro permanente na areia
Sinalizadores de divergência interpretativa
Quadro sem cores capaz de colorir vida
Sintetizadores de idéias à deriva

Pois bem,

Um olhar calado por escrito
Um olhar falado por um mudo
Um olhar dito pelo não dito
Fragmentação do olhar desnudo
Onde tudo desenha o nada
Onde o nada intera o tudo
Num delírio da contradição
Num orgasmo da percepção
Neutraliza a leitura exagerada
Organiza sensações, visões e bordões...
Reforma a linguagem desperdiçada
Deforma conceitos, mitos e padrões...
Ora alimento de espírito
Por vezes droga intelectual
Ora um Deus que se confessa
Quando o bem abraça o mal

E Ensina:
- Há sufoco em cada respiro.
Permita se agradecer.

Bruno Galdini

4 comentários:

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