A PORTA
A PORTA se abriu
um vulto então entrou
a porta se fechou
e dentro ele ficou
o mundo girou, girou
a vida modificou
a porta então abriu
e o vulto logo saiu
olhou
bem para o tempo
que passou
sem perceber
olhou
bem para a vida
e chorou
pois não gostou do que vira
foi então correndo
para a sinistra porta
se fechou bem a contento
e ficou um longo tempo
quando em quando
ele saía
para ver como é
que ia:
o mundo
tinha mudado
ou a mesma coisa
havia ficado...
um dia a porta abriu-se
ele saiu e surpreendeu-se
o mundo modificara
tudo isto o alegrou
esperava um mundo lindo
finalmente o encontrara
amor, paz e harmonia
entre os povos imperava
tudo era uma beleza
mas então veio uma tristeza
era bom demais
acreditar seria um sonho...
então viu que a porta
estava aberta a sua espera
correu logo para ela
e dentro dela se fechou
tinha um pensamento
de esperar um novo tempo
de chegar então o dia
no tempo em que vivia.
Wagner Marim
12-5-69
Bonito poema, mas dá vontade de dizer ao vulto paranão se fechar mais. Sei que todos, vez por outra temos vontade de fechar a porta para não presenciar tantos horrores, mas não podemos. Precisamos sim fazer nossa parte de mudar o mundo. Volte sempre. Abraços poeta.
ResponderExcluirTeresa Azevedo
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