quinta-feira, 7 de julho de 2011

Engano


Engano

Pleno e vibrante apelo em acenos,
Movimentos esses involuntários.
Oh imaginários reflexos de afeição!
Sim, para toda causa uma conseqüência,
Não essa conseqüência por sua causa.
É de mim que vem o desejo insano,
De pleitear seus beijos, envolver-me,
De discorrer o amor em pleno erro.
Ardor de pura dependencia malévola.
Que para corá-lo, suscita tais atitudes.
Invólucro de uma mulher carente.
Que se vende de livre e resolvida.
Mas não passa de uma presa indefesa.
Presa sim, ao engodo de uma relação.
Acorrentada por sua alucinação.
Sem sequer um momento de lucidez.
E quem poderá livrá-la de si mesma?
Quem a libertará de tal engano?

Teresa Azevedo

Um comentário:

  1. É Linda sua forma de versejar, será sempre um inenarrável prazer passar poR sua escrivaniha, e ter o prazer de degustar versos primorosos. Abraços poéticos.

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