Itapetininga

Itapetininga
Eunice R. de Pontes

Terra das escolas, das três centrais, que ficam
lado a lado, enfileiradas em frente à praça, num
largo e vistoso calçadão; três prédios, cada um
deles tão majestoso! Eu estudei na escola
"Fernando Prestes", meu irmão, no famoso
"Instituto de Educação Peixoto Gomide".

Depois, fui estudar na escola "Prof. Modesto Tavares
de Lima", o também famoso colégio da Da. Zica, a
diretora que, extremamente severa e autoritária,
impunha respeito. Desse tempo de escola, dos
grandes e sinceros amigos, sinto muitas saudades;
tenho agradáveis recordações que, no meu coração
e na minha memória ficarão para sempre gravadas.

Itapetininga, nome de origem indígena, terra das
pedras tão rijas e firmes quanto sua brava gente,
que não se cansa de pegar no batente e, por isso
vive contente, num trabalho permanente, seja nos
claros dias de estio, com seu forte e inclemente
sol de verão; na primavera, com seu florido, alegre
e festivo clima; no inverno, com seu frio e às vezes
cinzento e escuro dia ou no outono, com sua mais
doce, leve e refrescante brisa, que tantas vezes
improvisa, trazendo um clima mais ameno, suave,
de dia ou à noite, proporcionando um sono tranquilo.

Terra da "Estação de Ferro Sorocabana", para onde
eu ia quando criança, aos domingos, com meus
queridos pai e irmão, para ver o tão esperado trem
passar. Ficávamos no banco da plataforma, no largo e
comprido calçadão, à espera de que ele surgisse, tão
pequeno ao longe e, viesse crescenso ao aproximar-se
cada vez mais, até parar por pouco tempo, para
embarque e desembarque de passageiros e, logo
depois seguir viagem pelos trilhos, sumindo no
horizonte, novamente apequenando-se, deixando-me
encantada a sonhar e a desejar que um dia eu também
pudesse, desse modo, percorrer o mundo todo a viajar.