terça-feira, 3 de janeiro de 2012

NOSTALGIA



Acho que estou ficando velho
Tá tudo diferente...
O mundo todo tá frenético
Sei porque eu tenho espelho
Já não mais, sou interessante
Sou um velho caquético
Nem sempre foi assim...
Já tirei muito suspiro das mocinhas
Elas... sempre piscavam pra mim!
A balada era o baile
O taxista, o chofer
A cortesia e a educação, não eram só manias!
Linguagem diferente, era só o Braille
Não tinha essas gírias, difícil de solver
Saber o Hino da Nação, era obrigação!
Confesso, que adoro o cinema moderno
Mas sinto falta de verdadeiras histórias de Amor
A música continha uma belíssima melodia
E não só percussão...
Os filhos, não saiam sem o beijo materno
No banheiro, qualquer um, era cantor
Pois, a felicidade, era um sentimento geral
E não um paradoxo, algo fenomenal
Nada ortodoxo; simplesmente uma assimetria
A simplicidade fazia parte do cotidiano
A labuta era feia... mas, valia a pena
A honra era uma questão de dever
E não um ato facultativo
E provinciano...
O chapéu era um acessório indispensável
Do cidadão, que já pensava em se precaver
E não usar de método paliativo
O tempo passa, o mundo muda!
O que hoje é essencial e aproveitável
Amanhã, será arcaico e vetusto
O Jovem de hoje, será o velho de amanhã
E sua cultura, uma peça de museu
Sua ideologia, talvez possa à ser um marco imutável
Uma Filosofia de ordem profunda
Quem sabe? Só o tempo, nos dirá...
Aí você será, amanhã, como eu...
Apenas um ancião!
Apenas um ser na memória...
Mas quem sabe, um mestre no espírito e no coração.
Somente, de você mesmo... dependerá!...
Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão ao site Recanto das Letras, em 15/10/2011
Código do texto: T3277400

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