quarta-feira, 11 de abril de 2012

Luz poesia












Carrasco de mim mesmo,
tranquei-me na escuridão.
Na alcova, em silêncio,
entregue aos devaneios,
sequer me reconheço.

Seria eu uma lágrima perdida?
Uma folha em meio à ventania?
Se não vejo minha sombra
nem de noite nem de dia,
reconheço-me vazio.

O eco da solidão empurra-me.
As palavras se entrelaçam…
Querem me trazer de volta
ao mundo poesia,
onde reina a fantasia.

A palavra vida puxa-me pela mão.
Arrasta-me até a janela…
Sinto a brisa,
um leve perfume de flores.
Então é primavera?

Surge o esboço de um sorriso.
O brilho se apossa do olhar.
Tudo é lindo além da minha janela!
Um feixe de luz atravessa a porta…
Assim, minha noite se fez dia.


Sandra Lamego

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