sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Aquele para quem me dou e de quem sou


Amor que chega ao fim

Queria poder chorar mais esse amor que chega ao fim.
Queria não ter que sufocar esta dor de sonho destruído.
Na verdade queria continuar vivendo a fantasia desejosa de que ela pudesse ser real como a sinto.
Para mim ela é completa e inteira como a minha entrega vã e precipitada.
Mas o que posso mais uma vez é ver findar a esperança de um novo dia.

Isto escrevi há algum tempo, hoje experimento a delícia do novo de novo
E mais uma vez sonho, mais uma vez fantasio.
Mais uma vez realizo, mais uma vez me entrego.
Porque o poeta é assim, respira o amor.
Não sabe viver dosando a paixão, se estilhaça à ela.
Sem couraça, sem coberta, sem proteção.
O bom de ser poeta é viver a intensidade.
É correr as corridas, sem medo de encontrar os precipícios.
E, se os encontra, por eles cai, mas como mágica se levanta e voa.
Porque poeta é fênix, ressurgi das cinzas.
Então, mais uma vez estou inteira para ser sua.
Mas minha? Pergunta você. E antes de quem você era?
Também sua, eu digo e sabe por quê?
Porque você é único, é simplesmente o ser amado.
Aquele para quem me dou e de quem sou.
Sempre e sempre...

Teresa Azevedo
www.teresaazevedo.prosaeverso.net
www.transtornobipolar-relatoscontnuos.blogspot.com
krika3@gmail.com

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