quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quase infinito...





Quase infinito...


Dou-te um verso não tão meu
que bendiz a paciência
que se expõe na inocência
que reza aos olhos do ateu

Um verso puro e intenso
que se dispõe sem defeito
que trafega pelo peito
lado a lado com o que penso

Que não se esconde do medo
Que alimenta as rimas tortas,
que revive as frases mortas
sem revelar meu segredo

Um verso de sentimento
Subescrito no impossível
que subentende o invisível
soletrado em pensamento

Um verso um tanto esquisito
que mistura a fantasia
na verdade da poesia
no dito pelo não dito

Um verso quase infinito...


Charlyane Mirielle

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