quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Minha Casa

Na casa onde tanto tempo vivi
as paredes conhecem-me os pensamentos
e adivinham-me os sentimentos
apenas pelo tom de voz;
o chão onde piso sabe
pelo peso das passadas
se estou alegre ou triste.
Na casa palpitam sonhos,
projetos e fantasias,
realizados ou não;
voz de criança brincando,
chorando ou fazendo birra,
sons de adeuses e bons-dias;
impregna o ar o cheiro
de café recém coado
de comidinha caseira;
ah! o odor da dama-da-noite
faz ser verão o ano inteiro!
As janelas desta casa
abrem-se para o mundo
que entra por suas portas.

Velha casa, casa minha
quantas lembranças encerras
em teu corpo tão antigo,
dos anos que em ti vivi.

Lúcia Edwiges Narbot Ermetice

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O PORTAL DO POETA BRASILEIRO AGRADECE SEU COMENTÁRIO!