quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A Caminho do Coliseu




Uma expectativa se fazia presente naquela manhã, a alegria era contagiante em nossos corações, mais uma vez percorríamos as ruas de Roma, a cidade eterna, cheia de encantos e também dos nossos antepassados; ao caminharmos pelas ruas e praças, sentíamos na pele o forte sol do verão europeu.

Tínhamos nas mãos informações obtidas do gerente do hotel, que também nos forneceu um mapa da cidade e das linhas do metrô.

Caminhamos alguns metros e, consultando o mapa, sentimos a necessidade de tomar um táxi, devido à distância até a estação.

Chegamos à praça que antecede a descida para as galerias do subterrâneo, antes apreciamos a bela paisagem que cercava os monumentos históricos fincados naquele chão, relatando um passado de conquistas através de um marco dos homens que ali viveram.

Ainda bem próximo, avistamos uma bela fonte de águas resplandecentes, proporcionando uma brisa extremamente agradável; os respingos caíam sobre nossas cabeças, refrescando nossas mentes.  

Sentíamos muita vibração e euforia e tudo ia sendo registrado na memória do tempo. O que mais ressaltava aos olhos eram as fontes espalhadas em cada praça, abastecidas ainda por águas captadas de velhos aquedutos. Era a Roma dos ”Cesares”, imperadores que conquistaram vários “mundos” da época, e constituindo o “presente” da belíssima Itália.

O nosso fóco era o Coliseu, obra monumental, mandado erigir pelo imperador Vespasiano e terminado por Tito. Simbolizava as conquistas que arrebanhavam na época. Tudo para o povo da cidade que assistia aos espetáculos por conta desse rico império, palco de festas pagãs, regadas de luxúria, paixão e morte.

Tudo era recebido com emoção! Mas uma nostalgia se fez presente, porque momentos daquele “passado” glorificado de outras pessoas estariam conosco, quando de nossa entrada no magnífico teatro, agora combalido pelo tempo.

Seguimos em frente e descemos os degraus da estação; adquirimos os bilhetes de forma automática e aguardamos a chegada do trem.

 
“Começava ali uma verdadeira odisséia nos trilhos daquele Metrô”.


Não havia muitas pessoas aguardando a chegada, mas percebi que o comboio se aproximou de uma forma muito rápida e com uma parada brusca. Fiquei observando por alguns segundos o itinerário no mapa e, nesse momento, a esposa Dija, entrou no seu interior.

Para meu espanto, as portas foram fechadas de forma rapidíssima, saindo em ritmo acelerado! Fiquei “paralisado” ali na plataforma, vendo a companheira distanciar-se.

Do lado de fora, via a sua figura, ficando cada vez mais pequenina na janela de vidro, até que não a enxerguei mais...

Fiquei pensando o que fazer! Como havíamos combinado anteriormente que a descida seria na estação Coliseu, esperei o próximo horário, cerca de cinco minutos, embarquei e fiquei imaginando o que ela estaria pensando. A preocupação foi tanta que comecei a sorrir alto, para o espanto de algumas pessoas que estavam próximo.

A cada estação, eu ia até a janela e ficava observando se não estaria por ali. E assim fui fazendo até chegar à estação do destino. Lá se aproximando, enxerguei sua presença, mas o vagão foi parar bem distante de onde se encontrava. A porta se abriu, tirei o meu boné e fiquei acenando e correndo pela estação em sua direção.

Abraçamos-nos e demos muitas risadas e ficamos nos perguntando o que teríamos feito se não houvesse o encontro. Tudo foi esquecido, quando de longe avistamos o colossal teatro de arena.

Assim sendo, registramos aqui mais uma passagem muito engraçada acontecida conosco nessa viagem até a Itália.
 

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