sábado, 10 de novembro de 2012

Mais Uma Vez


 















Esperei o sol nascer
Para começar a escrever.
Precisava que ele me iluminasse,
Que, em mim, acalmasse,
O que está cansado de gritar,
De explicar...

Até parece que não tem jeito...
...Tanta deturpação nos conceitos.
Tanta gente desejando o fim,
Querendo se ver livre dos irmãos,
Menos afortunados,
Ou simplesmente,
Diferentes!
...Tudo desarrumado!
Compacta solidão!
Uma intolerância que não tem mais fim.

Escondidos atrás de emboloradas escrituras,
Achamo-nos capazes de traduzir a altura,
Em seus mais íntimos desejos.
Deturpamos seus anseios,
Para julgar e condenar
O que acreditamos não ser divino...
Queremos nos livrar
De tudo que possa nos incomodar
Em nossa falsa senda,
Ignorando completamente, nossas próprias vendas.
Apostamos no nosso suposto poder sobre o planeta,
Como se este não pulsasse por si só,
Com toda a certeza
E alguma nobreza!
No livre arbítrio, demos um nó.

O conceito de irmandade
Ainda não atravessou a humanidade.
Ainda nos estranhamos...
Ainda não nos aceitamos.
Nem a nós mesmos,
Muito menos, aos outros.
Infelizmente, achamos que estamos presos,
A um conjunto de comportamentos,
Essencialmente materialistas,
Negativistas,
Precários,
Arbitrários,
E toscos!
Trancafiamos nossos sentimentos
Nos porões imundos da conveniência.
Esquecemos, por completo, nossa procedência.

Felizmente, o Universo
Não é como nós, tão perverso!
Sosseguem pregadores do separativismo.
Por trás de todo este negativismo,
Está a clara luz da Criação,
Com todo o seu incomensurável coração.
Com toda a sua soberania,
E sua inabalável harmonia.
Ninguém irá a lugar algum.
Até que todos tenham acordado: um a um!



Música indicada:




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