Celebro só, minha existência
Sabendo que a meu lado
Existe aquilo que creio
Aquilo que sei ser maior
Só, celebro a juventude acabada
A parca maturidade ainda por vir
A dor que me enobrece
Porém a carne que só, perece
Percebo-me adiado até que...
O inevitável atinja o dia
A que nada mais preste
E que por fim nem procria
Mas da peste me livro
Da veste que nunca foi minha,
E nem ao menos a quis,
Terei-a, mas despido
Serei comido
Serei cuspido
E deixado apenas
Na minha própria memória
Sepultado e lacrado no passado
Porque o novo ainda por vir
Quer morte, quer vida
Quer dor, quer alívio
Quer só ser e nunca ter-se.
originalmente publicado em : UmDiaEscrevoMais
Bom dia, e bom domingo.
ResponderExcluirUm Lindo poema!