segunda-feira, 31 de março de 2014

Fêmea minha, homem meu!



Ele:
Captarei seus ecos nesta noite seca.
E na escuridão sem lua quero vê-la nua,
Tocar seu corpo e sentir seu cheiro.
Cheiro de mulher, de fêmea minha.
E nas vertentes de nosso amor
Serei seu e você minha.
Seremos um, apenas nós.
Molha meus lábios com seus beijos,
E ainda será noite quando eu partir.
Não chore, por favor,
Pense apenas que sempre voltarei.
Não há no mundo nada que me prenda.
E quando o sol raiar e não estivermos juntos
Saiba que estarei pensando em você,
Pois nada mais me fascina.
Só você anima meu corpo.
Apenas em você sou eu mesmo,
Em você me completo
E me encontro a cada instante.

Ela:
Eu o vejo aqui,
O vejo em mim.
Desenhado em meus lençóis,
Nossas alcovas.
É meu amigo e companheiro.
Às vezes é apenas o travesseiro.
Em alguns momentos é um sonho
Em outros, realidade.
Mas nunca foi pesadelo.
É meu sol, minha lua
Meu ar, meu par.
Mesmo distante está aqui,
Tão próximo e tão meu.
E eu que sou tão e somente sua
Vivo cada dia a desejar
Que juntos possamos estar.
Cada um no que é seu.
Individualmente um,
Unicamente dois,
Nós apenas sós.
Venha ou deixa-me ir.



Texto extraído do livro “Faíscas da Paixão” de Teresa Azevedo adaptado para performance sob a direção da autora e apresentada na CENAPEC e na Câmara Municipal de Paulínia.
Ilustração:  "O beijo" quadro do pintor Vienense Gustav Klimt

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Um comentário:

  1. Bom dia, teresa. Um lindo diálogo, romântico e intenso.
    Tenha uma boa semana!

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