CONTO TERRIMICO (Terror cômico)
Marcial
Salaverry
Era meia noite, no entanto, chovia... O sol raiava no
horizonte (nunca viram sol com chuva?).
Ao deitar-me de pé na minha cama,
sentando-me, vi um cego surdo-mudo que se aproximou recuando
e, fitando-me
com olhar penetrante, disse-me, (se era surdo-mudo, falava por Braille), com uma
voz que,
apesar de grave, não inspirava gravidez: DEVOLVA-ME O QUE NUNCA TE
EMPRESTEI...
Juro que não paguei juros...
Bem, chega de elocubrações...
Estou assim, pois, minha amada deixou-me. Estou triste, penso já nela
e,
debruçando-me nela, na janela, olho para o horizonte...
Creio estar vendo-a.
Sim, vendo-a e ganho uns cobres... Afinal, estou duro, e apesar de só, duro...
Que dureza!!!
Consulto a coluna do DEVE/HAVER, e constato que, se deve
haver, na verdade, não há...
Bem, querida, meu coração por ti...gela. Meus
afetos por ti...são, cara cenoura (aproveitando a tigela e o tição,
pego a
senhora, ou a cenoura cozinho e como, (a cenoura, ou a senhora ?).
Sem mais
aquela, vou me já, pois está pingando...
Aliás, vocês sabem qual é a
seqüência do alfabeto, que é a mais importante, sem a qual, tudo estaria perdido
?
NÃO SABEM ??? NOSSA !!! Explico, é a sequencia K H... Já pensaram como
seria a minha, a sua, a vida de todos,
sem KH ? Seria a própria
consequência...
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