domingo, 26 de novembro de 2017

TODOS TEMOS NOSSOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Vamos falar de algo que diz respeito ao direito à vida...
O entendimento do que seja o direito de ir e vir...
Osculos e amplexos,
Marcial
 
TODOS TEMOS NOSSOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES
Marcial Salaverry

Algo que não se pode discutir, é o fato de que todos temos nosso direito de ir e vir, e de dirigir nossa vida conforme nosso livre arbítrio, sempre devendo prevalecer uma das regras mais antigas da vida, ou seja "meu espaço e meus direitos terminam onde começam os seus, e vice versa".

Deveria ser assim, mas não é o que sempre acontece, uma vez que, por exemplo, no sempre problemático relacionamento entre pais e filhos, um dos comentários mais frequentes que escuto,  é a famosa frase: "Não faça isso, ou aquilo.  Eu sei o que é o melhor para você. Faça desta maneira...", o que sem duvida irá mais ainda dificultar o já difícil diálogo intergeracional, porque tal atitude certamente estará bitolando a personalidade do jovem, não deixando que ele escolha seu caminho, conforme seu livre arbítrio.

Quem age dessa maneira, esquece-se de que não se deve determinar o caminho a ser seguido, pode-se, quando muito, indicar qual poderia ser o melhor caminho a ser seguido.  Isso se a pessoa desejar receber informações.  Deve-se dar a chance de errar, e a esse respeito, gostaria de comentar sobre um pensamento de Paulo Coelho, que diz:  "Quem interfere no destino dos outros, nunca descobrirá o seu..."

Isto vem muito a calhar para algumas pessoas que conheço, que se preocupam por demais em procurar "o que é bom para você", ou seja, só querem atender às necessidades dos outros, cuidam mais da vida de parentes ou amigos, sejam filhos, irmãos, sobrinhos, do que da própria, e assim, na maioria das vezes atrapalham a existência das "vítimas" com esses cuidados excessivos, e não conseguem viver a própria vida, e tampouco as deixam viver em paz, conforme sua vontade, cometendo erros e acertos, por sua própria conta e risco.

Não quero dizer que SÓ devemos nos preocupar conosco.  Isso já seria uma espécie de egoísmo, fechar os olhos para os problemas alheios.  O que não podemos permitir, é que a vida de terceiros se sobreponha à nossa. Temos que nos manter sempre em condições de poder socorrer a quem necessite de uma real ajuda.  E só poderemos fazê-lo, se estivermos bem conosco. E se nossa ajuda for solicitada e necessária.

Por uma questão de solidariedade, de humanidade, devemos estar atentos ao que se passa à nossa volta.  Devemos atender às necessidades de outrem, quando nos for possível,  pois se sacrificarmos nossa existência em benefício de outros, não só deixaremos de viver, como impediremos que outros aprendam a viver, e o grande  segredo da diferença está no meio termo, no equilíbrio de atitudes.  No emprego correto da famosa frase "é melhor ensinar a pescar, do que já dar o peixe pronto para ser comido." 

Muitos talvez discordem desta maneira de encarar a vida, por achar que sempre devem dar tudo de si para facilitar a vida dos filhos (por exemplo).  Aí, quando for embora, como vai ficar a vida deles? Vão se sentir perdidos sem aquele guia que os levava pela mão, ao invés de ensinar-lhes o caminho, uma vez que estão acostumados a comer o peixe, mas não sabem pescar, ou mesmo preparar a comida, por sempre terem seu caminho facilitado...

Além do mais, existe uma grande verdade: antes de distribuir amor aos outros, aprenda a amar-se.  Se você conseguir SE amar, poderá saber discernir se o que você espalha é realmente AMOR, ou apenas facilidades, se apenas são mimos, tentando evitar que os outros sofram, ou melhor que aprendam a errar e acertar por si próprios.
Ora, no sofrimento, na dor, é que realmente aprendemos a dar valor aos bons momentos.  Se nos for tirado o direito de errar, de sofrer, de sentir dor, como é que vamos saber que esses sentimentos existem? Como poderemos aprender a evitá-los? Isso só a vida ensina. E é algo que deve ser permitido a todos: APRENDER A VIVER ÀS PROPRIAS CUSTAS. 

Só para terminar.  Quando tiverem que lidar com alguém de quem não gostam, aí vai uma pequena sugestão: Antes de qualquer atitude de rejeição, pensem "o que eu faria se gostasse dele?".  Sabem que funciona, uma vez que muitas vezes, por uma antipatia pessoal (às vezes inexplicável), deixamos de socorrer alguém que está no sufoco, e existem certas horas em que desavenças pessoais devem ser esquecidas.  Em certos momentos não existem amigos ou inimigos.  Imaginem-se na situação inversa, e analisem que atitude gostariam de receber.

Bem crianças, deixando-os nessa dúvida cruel, sugiro: TENHAM UM LINDO DIA. VIVAM E DEIXEM VIVER. SEJAM FELIZES. Quem não quiser me atender, paciencia,  que faça como melhor o desejar, mas a sugestão está dada.
E CLARO, UM LINDO DIA, POIS É ALGO QUE NÃO FAZ MAL A NINGUÉM...

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