Para evitar que o Romantismo seja realmente
um
artigo em extinção, existem alguns romanticos
que resistem heroicamente à
realidade implacável da vida...
Talvez uma respiração boca a boca possa
salvá-lo...
Osculos e amplexos,
Marcial
PARA REVIVER O ROMANTISMO
Marcial Salaverry
Analisando como caminha a humanidade, chegamos à
triste conclusão de que o romantismo parece ser mais um desses artigos em
extinção, e é preciso fazer algo para dar-lhe uma sobrevida. É preciso não
esquecer de que na teoria, o romantismo é a melhor maneira de se viver um amor,
devendo sempre fazer parte da vida de uma parceria, para que sempre o amor seja
renovado, e com sua manutenção, possa haver mais possibilidades da raça humana
continuar existindo...
Infelizmente nem sempre é o que acontece, pois por
incrível que pareça, algo que muitas vezes determina o fim do clima romântico
entre um casal, é o casamento, mormente quando o casal se deixa levar pela
rotina da vida em comum, quando o que poderia e deveria aumentar o clima
romântico entre o casal, acaba sendo o responsável pelo seu desaparecimento.
Pode parecer ilógico, mas é o que ocorre, e para melhor entender,
vamos
analisar por partes, para que se possa chegar a alguma
conclusão...
Quando os parceiros se conhecem, existe aquele clima de
sedução, quando ambos precisam caprichar na arte da conquista, é quando
capricham no visual, e sempre procuram saber do que a parceria gosta, e assim,
procuram, seduzir-se mutuamente. E haja clima de sedução.
Contudo,
quando a conquista está feita, vem um relaxamento natural, e é quando ela acha
que já não precisa mais se enfeitar tanto, caprichar no visual, e muitas vezes
esquece até aquele perfume francês que ele tanto gostava de cheirar no cangote.
Por sua vez, ele já acha que não precisa mais levar flores, e nem aquele
presentinho de surpresa, pois agora nada disso é necessário, acreditando que
essas pequenas atenções são inúteis, pois ela já está conquistada, e agora é
só o vai da valsa.
Não esquece do chopinho com os amigos, e que raiva ela
tem disso, mas em compensação, ela não esquece o bingo com as amigas, o que ele
detesta, e assim a coisa vai ficando chata, pois começam a se ver cada vez
menos, e essas “ausências” podem determinar o fim daquela intimidade gostosa que
havia no começo. E isso sem falar do futebol e das novelas...
Mais
tarde, então, começam a surgir os filhos, o que pode ser um tremendo
contratempo, se não estiverem bem preparados para o evento, começando as
queixas... "Não temos tempo nem para aquele sexo tranquilo e descontraído, pois
no melhor da festa, aquela coisinha começa a chorar...".
Ele chega do
trabalho, e a encontra toda descabelada, irritada com os problemas do
cotidiano, e ele por sua vez, vem irritado com seu chefe, com problemas de seu
serviço, com o trânsito infernal, com as contas a pagar. Quem não sabe quais são
os problemas do dia a dia?
Existe clima para romantismo? Pode existir
romantismo nessas condições? Se encararmos friamente a questão, realmente será
impossível. Mas é preciso que algo seja feito, pois o amor continua latente,
apenas encoberto pelo clima que vai se criando.
Assim, desse caos sempre
poderá se criar alguma coisa, que vai exigir certamente um esforço mútuo.
Ambos deverão se lembrar de como era gostoso e aconchegante antes, e é
importante que se recupere, nem que seja parcialmente, esse clima
gostoso.
Ela está atarefada e azucrinada, mas, sabendo a que horas o
marido vai chegar, sempre poderá dar, quando não, uma ajeitadinha no cabelo, uma
maquiagem leve, um sorriso, mesmo que amarelo, procurando enfim, ser um pouco
sedutora. Afinal, o parceiro já foi conquistado, mas a conquista precisa ser
mantida. Principalmente, quando chega em casa, pois qualquer um gosta de
encontrar um ambiente melhor do que o do serviço, mais desanuviado, e não
carregado e cheio de reclamações.
Por outro lado, ele deverá deixar na
porta (do lado de fora), as preocupações e os problemas que encontrou lá fora,
jamais permitindo que tais problemas entrem em casa, procurando não levar para
dentro de casa o pacote completo. Por que não levar um vaso de flores, ou ramo
de rosas, como fazia antigamente? Ela passou de namorada para esposa, mas ainda
gosta dessas coisinhas, e sente falta. Há que se considerar que SEMPRE ela será
a namorada. É importante manter esse clima de namoro, mesmo depois alguns anos
de vida em comum, mesmo que sejam 60 anos, é importante manter esse clima...
Ajuda e muito o bem viver entre ambos...
Claro que essas atenções não
devem ser unilaterais. AMBOS devem encarar a coisa dessa maneira. É muito mais
difícil e complicada a manutenção da conquista, do que ela propriamente dita.
Quando um dos parceiros notar que o outro está "pisando na bola", ao
invés de agredir, dizendo que antes era assim, e agora é assado, deve chamá-lo
para uma boa conversa, bem calma e tranquila, sem brigas e nem agressões, apenas
expondo como a coisa está, e como gostaria que fosse.
Diálogo, crianças,
é a melhor arma para combater o virus da indiferença que infecta grande parte
dos casamentos de hoje. E respeito, muito respeito, e deve ser
mútuo.
Essa é uma das melhores maneiras de fazer com que um
relacionamento seja duradouro, e que os parceiros sejam "(E)Ternos
Namorados...” E é preciso tão pouco, apenas, carinho, atenção, respeito,
ROMANTISMO.
Sempre é preciso dizer ao pé do ouvido de seu amor: EU TE
AMO, mas dize-lo bem sussurrado, bem gostoso, bem suave, bem sincero. E sempre,
mesmo depois de muitos anos de união, olhar bem nos olhos, e dizer com
sinceridade: EU TE AMO HOJE... MAIS DO QUE ONTEM... MENOS DO QUE AMANHÃ... POR
TODA ETERNIDADE...
E sejam felizes, tendo, é claro UM LINDO E ROMANTICO
DIA... E como é bom saber e poder manter esse clima de
romantismo...
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